Regionalização da saúde melhora atendimento a pacientes no interior |
Compromisso que faz parte do plano de governo de Ronaldo
Caiado já está em execução desde os primeiros meses de 2019. Em 2020, ação
ampliará com inaugurações de Policlínicas.
Nos últimos meses o Hospital Padre Tiago Providência de
Deus, em Jataí, virou a extensão da casa de dona Mara Silvia Ramos. Aos 68
anos, ela foi diagnosticada com câncer e frequentemente está na unidade de
saúde para o tratamento e uma série de exames. “O atendimento é uma beleza,
desde as meninas da limpeza, recepção, enfermeiras, médicos. Bom demais”,
resumiu a idosa. Em poucos minutos, desloca-se de casa para o hospital, e
vice-versa. “Muito cômodo”, completou sobre poder se tratar na cidade onde
mora.
Até junho do ano passado, qualquer paciente com o quadro
semelhante ao de
Mara teria de ser encaminhado para uma unidade especializada. Na maior parte das vezes, Goiânia era o destino dos portadores de câncer. Neste caso, a idosa precisaria viajar mais de 640 quilômetros (ida e volta) para uma única consulta. Não mais. Mara foi uma das primeiras pacientes a ser atendida na ala oncológica do Hospital Padre Tiago, inaugurada pelo governador Ronaldo Caiado em julho último. A partir de um convênio com a Secretaria de Estado da Saúde, o hospital realiza atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS) no local.
Mara teria de ser encaminhado para uma unidade especializada. Na maior parte das vezes, Goiânia era o destino dos portadores de câncer. Neste caso, a idosa precisaria viajar mais de 640 quilômetros (ida e volta) para uma única consulta. Não mais. Mara foi uma das primeiras pacientes a ser atendida na ala oncológica do Hospital Padre Tiago, inaugurada pelo governador Ronaldo Caiado em julho último. A partir de um convênio com a Secretaria de Estado da Saúde, o hospital realiza atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS) no local.
A ala oncológica de Jataí tem 12 poltronas especiais de
quimioterapia, com capacidade para 570 infusões quimioterápicas por mês, além
de mil consultas e 50 cirurgias oncológicas. Tudo é financiado pelo Estado via
repasse mensal de mais de R$ 900 mil. Para o médico oncologista Bruno Machado
Rezende Ferreira, essa regionalização humaniza o atendimento, já que os
enfermos não precisam mais percorrer longas distâncias, e contribui com o
diagnóstico precoce. “O grande ganho da região é o tratamento próximo de casa.
Isso muda drasticamente a sobrevida e até mesmo o índice de cura dos
pacientes”, observou.
LEITOS DE UTI
O convênio firmado entre o Estado e o hospital filantrópico
de Jataí também viabilizou a abertura de sete leitos de Unidade de Terapia
Intensiva (UTI). Aos 71 anos, José Rodrigues da Silva precisou de um tratamento
intensivo em decorrência de um problema gastrointestinal e foi regulado para um
desses leitos em Jataí, município mais próximo de Montividiu, onde mora. Ocupou
uma das unidades durante 30 dias, até receber alta. “Fui muito bem tratado, e o
que é melhor, perto dos meus filhos, da minha família”, lembrou.
Pensando em pessoas como o senhor José é que Caiado também
firmou convênios em outras regiões do Estado. Só em 2019, abriu 58 novos leitos
de UTI pelo interior. Além de Jataí, foram 10 na cidade de Goiás (Hospital São
Pedro de Alcântara); quatro em Ceres (Hospital Dr. Domingos Mendes); 12 em
Catalão (cinco na Santa Casa de Misericórdia e sete no Hospital Nars Faiad); e
25 em Nerópolis (Hospital Sagrado Coração de Jesus). Em Goiânia, que recebe
pacientes de todas as regiões, o Governo de Goiás abriu 21 leitos de UTI, sendo
10 pediátricos.
Tais convênios também cobrem casos menos graves ou eletivos.
Em cada unidade onde o Governo de Goiás firmou acordo, foi avaliado qual
serviço poderia ser ampliado, melhorando a capacidade e contribuindo com a meta
de zerar filas. Em Anápolis, por exemplo, a Santa Casa de Misericórdia está
recebendo um repasse que permite a realização de 93 novas cirurgias eletivas
todo mês. Já a Santa Casa de Misericórdia de Catalão, que atende a região
Centro-Sudeste, viu sua capacidade de cirurgias urgentes e eletivas aumentar em
100 por mês.
METAS PARA 2020
Compromisso firmado pelo governador Ronaldo Caiado, as
Policlínicas são a aposta do Governo de Goiás para concluir mais uma etapa da
regionalização da saúde. Com elas, as pessoas poderão ser assistidas por
médicos capacitados em sua própria região, sem precisar percorrer longas
distâncias em busca de diagnóstico ou tratamento. “Vamos dar dignidade para as
pessoas. Aqui [em Goiás] vai ter tratamento correto na área da saúde”, garantiu
o governador.
Localizada no Nordeste goiano, a mais de 500 quilômetros da
capital, Posse será a primeira cidade a receber uma Policlínica. A unidade
contará com 19 especialidades a partir de fevereiro, quando será inaugurada,
oferecendo cerca de 10 mil consultas e 25 mil exames de diagnóstico por mês.
Isso vai oportunizar atender, no mínimo, 31 municípios da região.
Secretário da Saúde, Ismael Alexandrino adiantou os detalhes
sobre a Policlínica de Posse: “Teremos cardiologia, endocrinologia, nefrologia,
ortopedia, ginecologia, obstetrícia, pediatria, oftalmologia e otorrino. Também
haverá especialidades não médicas, como fonoaudiologia, fisioterapia, terapia
ocupacional e assistência social, além da enfermagem, que é a grande coluna
vertebral do serviço de saúde”. Faz parte do plano do governo estadual
disponibilizar transporte para buscar os pacientes, um conforto ao cidadão que
precisa da saúde pública.
A Policlínica é uma unidade de média complexidade e atuará
no apoio diagnóstico e orientação terapêutica. Nela, o cidadão poderá se
consultar com médicos de diversas especialidades e realizar exames gráficos e
de imagem, tudo via SUS. A gestão será realizada via Organização Social (OS) e
o atendimento, por meio do complexo regulador estadual, com horário agendado.
Já estão previstas mais duas unidades, a serem inauguradas em Goianésia e
Quirinópolis ainda durante o primeiro semestre deste ano.
Fotos personagens: Mara Silva e José Rodrigues
Foto médico Bruno Machado
Secretaria de Estado da Comunicação.
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