Governador afirma que deve adotar isolamento intermitente para conter pandemia em Goiás. |
À GloboNews, Caiado explicou que medidas serão tomadas com
base em dados estatísticos. Hospital de Águas Lindas também foi pauta da
entrevista.
Saindo da posição de primeiro lugar na taxa de isolamento
social, Goiás passou a ocupar um destaque negativo: hoje, o Estado detém a pior
taxa de isolamento social da população no País, com 37,44%, segundo pesquisa da
empresa In Loco, que utiliza dados de localização de celulares. Em entrevista
ao canal de notícias GloboNews, nesta segunda-feira, 11, o governador Ronaldo
Caiado foi questionado sobre esses índices e defendeu a adoção de uma
estratégia para contenção do avanço do novo coronavírus no Estado que ele
chamou de “isolamento intermitente”, em que haverá períodos de fechamento mais
rígido alternados com períodos de flexibilização, com base nas estatísticas
observadas em cada região.
Caiado explicou que Goiás foi o primeiro Estado a decretar o
isolamento, antes mesmo do primeiro caso de coronavírus, e, agora, passa por um
movimento pendular. “É um momento delicado. Temos que ter muita habilidade,
compreensão e noção do que é prorrogar um processo de quarentena, disse o
governador. Segundo ele, com resultados obtidos com a restrição inicial e, em
seguida, a abertura de alguns setores, o Governo estuda agora um novo
isolamento nas regiões mais preocupantes e a flexibilização nas cidades com
casos já descartados.
Segundo dados do Governo, os municípios e regiões mais
preocupantes, com maior risco de contaminação são Goiânia, seu entorno, o
entorno de Brasília e cidades próximas às rodovias federais. “Nós vamos agir em
um sistema de conter e de restringir mais nessas regiões, e vamos calibrando a
necessidade de acordo com os dados que vamos recebendo diariamente”, disse
Caiado. Assim, Goiás poderá alternar períodos de isolamento mais rígido e
períodos de flexibilização de acordo com os dados de avanço e de contenção da
pandemia do novo coronavírus.
ÁGUAS LINDAS
Na região no entorno de Brasília, citada pelo governador
como uma das mais preocupantes do Estado, a cidade de Águas Lindas aguarda a
inauguração do Hospital de Campanha, que foi instalado na cidade, mas ainda não
funciona.
Perguntando sobre o início do atendimento na unidade, Caiado
explicou que a gestão do Hospital não foi oficialmente transferida ao Governo
de Goiás, processo que deve ser feito pelo Governo Federal. “Nós encaminhamos
seis ofícios, e recebemos, na última sexta-feira (8/11), um ofício dizendo que
nós já poderíamos chamar a OS (organização social) para poder prestar o
serviço”, explicou Caiado. Segundo ele, a OS já está selecionada e o governo
estadual segue aguardando a transferência da unidade de saúde para dar início
aos atendimentos aos pacientes de Covid-19 na região do Entorno do Distrito
Federal.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
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