Em 2013, Antônio Geraldo da Silva, presidente da ABP, deu notoriedade e colocou no calendário nacional a campanha internacional Setembro Amarelo®. E, desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM divulgam e conquistam parceiros no Brasil inteiro com essa linda campanha.
O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha anti estigma do mundo! Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
VEJA A ENTREVISTA:
Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os
países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param
de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de
suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não
diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos
poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico
e informações de qualidade.
SETEMBRO AMARELO® 2024: SE PRECISAR, PEÇA AJUDA!
Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da
importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é
visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que
estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que
a vida sempre vai ser a melhor escolha.
Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus
pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela
pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras
de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela
distorção que o sofrimento emocional impõe.
Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor
saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as
pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a
ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível
para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico
psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente.
DADOS SOBRE SUICÍDIO
O suicídio é um
importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais
pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama
- ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta
causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência
interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de
diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde
divulgado pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve
um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos,
chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos,
chegando a 1,33 por 100 mil.
As taxas variam entre
países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil
homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao
suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta
renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas
são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).
Em países da Europa,
houve um declínio nas taxas de suicídio e observou-se um aumento dessas taxas
em países do Leste Asiático, América Central e América do Sul.
Embora alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio
no topo de suas agendas, muitos permanecem não comprometidos. Atualmente,
apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção
do suicídio.
FONTE: https://www.setembroamarelo.com/
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